Sunday, December 21, 2008

Passatempo "Sheraton Porto Hotel&SPA-Evasões"

Era Agosto e o dia era daqueles em que a necessidade e a vontade de mudar alguma coisa tornavam-se num desconforto reconfortante. Nestes pensamentos os meus olhos fixaram-se nas revistas de viagens que habitualmente desfolhei-o. Naquele dia, a Evasões era convidativa a olhar para as quintas do Norte de Portugal numa descoberta dos passeios vinícolas e das experiências do Enoturismo. A notícia sobre o Sheraton Porto Hotel&SPA, também me desafiou a comprar a revista, pois há muito que era intenção visitar o hotel. Um dos desafios era escrever uma frase contendo as palavras Verão, Porto e SPA e o prémio ao vencedor, um fim-de-semana no magnífico Sheraton Porto. Como a coragem para escrever nunca me faltou, lá fiz um desafio à sorte e à aventura com a frase: “O Verão provaca-nos desejos de evasão. O Porto, cidade casta, perfuma-se com cheiros vinhateiros, aventurando-se em novos aromas, que tonificam o paladar e despertam no corpo novas e luxuosas (tenta)sensações que só o SPA do Sheraton pode acalmar”.Quando concorri era na ténua mas sempre presente esperança de vencer o concurso e assim desfrutar do Porto e do emblemático Sheraton. Acreditem, fui o vencedor e com a alegria fervilhante de quem não quer acreditar que a verdade lhe pertence, partilhei esta notícia, marquei a estadia e lá fomos rumo ao nosso amado Porto. O itinerário escolhido foi a auto-estrada A8 que agora se articula em Leiria com a novíssima A17. Com o livro do Lifecooler por perto, a primeira paragem estratégica conduziu-nos ao recém-inaugurado restaurante Farinha de Milho (http://www.farinhademilho.com), nas profundezas de Cantanhede, na pataca vila de Ança. O Restaurante foi edificado num antigo moinho de água e a concepção do espaço divide-se em duas áreas distintas - a parte rústica, feita com materiais de origem e decoração campestre, e a zona moderna, envidraçada, com perfis metálicos e pedra de ançã. Ainda lá está a Mó e os cursos de água podem observar-se através do chão e vidro, uma alegria para as crianças. O atendimento é excepcional e a ementa é muito variada, mantendo sempre a base da tradicional cozinha portuguesa. Escolhemos bacalhau com broa que vinha acamado sobre couves portuguesas, dando-lhe um toque saboroso e fresco. O outro prato escolhido foram bifinhos cm migas e castanha, uma delícia.
Chegar ao Porto é fácil agora com todas estas alternativas de vias de circulação e encontrar o hotel não constituiu dificuldade, pois com uma avaliação prévia no Google-maps e com o GPS programado, o resultado não podia ser melhor. Basta seguir em direcção à ponte da Arrábida e sair logo para a Boavista. Na rua Tenente Valadim ei-lo majestoso no seu feliz casamento de aço e vidro. A imponência desta conjugação quase nos obriga a esticar o pescoço em busca de um qualquer defeito na estrutura no meio de tanta perfeição e beleza. O lobby é arrebatador, pois tem um pé-alto da altura do edifício rasgado por uma coluna de 3 elevadores panorâmicos que percorrem o edifício da base ao topo. São cumpridas as formalidade no check-in e postas em prática as cortesias a que já nos habituámos em unidades deste género (bagagens, viatura, etc.) O quarto era muito confortável com decoração em castanho escuro com mobiliário em pele e sala de banho destacada com paredes de vidro e sistemas de protecção a gosto. As tardes foram alegremente passadas no SPA do hotel, considerado um dos melhores do país. De facto foi agradável consumir algumas horas naquele magnífico espaço que transpirava em conforto, decoração e beleza. A piscina interior de dimensões generosas era complementada com um jacuzzi gigante onde era possível programar um circuito de hidroterapia, que passava por jactos com diversas funções: desde bico-de-ganso a colunas circulares até jacto sub-aquáticos dirigido para a parte inferior do corpo, cama de água, etc. O espaço estava guarnecido com camas de descanso automatizadas, com cabeceiras rebatíveis, cobertas com tolhas de cor laranja e ladeadas de candeeiros de cor preta riscados com discretos laivos brancos. Os balneários são de um conforto e higiene irrepreensíveis, pelo que tomar duche naquele espaço torna-se um acto de puro prazer. Nada foi esquecido nem deixado ao acaso. Os duches são da Grohe, com cabeças largas e distribuição das gotas em formato de chuva, suave e macias. As amenities estão presentes em cada cabine e os complementos de hidratação no espaço dos lavatórios. Naturalmente que não faltam roupões, toalhas, águas e tudo o que faz falta para que o conforto seja absoluto.
O prémio atribuído previa uma esfoliação com pepitas de chocolate para os dois que foi realizada por uma terapeuta simpática e competente, seguida de uma hidratação com um hidratante com substratos de cacau. Deliciosa e tentadora experiência. A seguir, para dar continuidade ao relax, seguiu-se uma sessão na zona da Hot Experience, um verdadeiro templo de bem-estar. À entrada de cada balneário, estão as especificações técnicas de cada um dos banhos, desde a temperatura que atingem, os aromas libertados e as indicações terapêuticas. É só escolher, entrar e libertar-se. Como complemento informativo aqui ficam algumas dessas especificações. A Herb Sauna com temperatura a 55º, tem aroma de ervas aromáticas variadas, ideal para combinação de calor com finas ervas. A bio-sauna oferece uma agradável sensação de envolvência do corpo e alma. A permanência ideal deverá ser de entre 20 a 30 min. A Salt Laconium tem uma temperatura de 65º e o arma predominante é o sal. É ideal para problemas respiratórios, purifica e desintoxica devido à sua combinação com o sal. Não aconselhável a sua utilização por mais de 1 hora. A Herbal Grotto, tem uam temperatura de 45º e os aromas são de Lavanda, Jasmim e Eucalipt. É ideal especialmente para problemas de sinusite e outros problemas respiratório. Não deverá ser utilizada por mais de 15 min consecutivos. A Steam Bath tem uma temperatura de 45º e aroma ameno a Laranja e Limã. É idela para problemas de sinusite. Não permanecer por mais de 15 min.
Os dias nesta aventura de luxo e conforto são naturalmente mais saborosos e calmos, fazendo-me sempre lembrar que valem a pena todos os esforços, o cansaço, o trabalho, a aventura e a vontade. Santa Catarina estava igual a si própria, fervilhando de gentes e tradições. As rabanadas são obrigatórias provar, pois não há iguais em nenhum local do mundo.
Um dos jantares foi no restaurante Gambamar em Campo Alegre .(Rua do Campo Alegre 110 cv e r/c - Porto). Trata-se de um restaurante-cervejaria, tradicional nesta zona da cidade e mais uma vez, descoberto através do companheiro inseparável das viagens, em que se tornou o Lifecooler Discount Book. A ementa é muito diversificada, mas a base e especialidade são os mariscos. Pedimos um arroz de Lavagante que confesso, à muito que não comia igual. Vale a pena experimentar!

Wednesday, December 10, 2008

Pessoas-Momentos-Experiêncas-The Lake Resort

A noite cai. O vento sopra lentamente. Espreito pela janela do meu quarto e o sol já se põe. Que belo reflexo no azul do mar! O meu pensamento voa para bem longe. Na outra margem os pássaros juntam-se num bailado. Que sensação de paz! E as cores…
Onde estás? Perguntas tu? Repousa agora o teu toque no meu ombro. Já viajava, bem longe…Dá-me a tua mão, vamos apreciar as viagens dos sabores e sentidos. Aceno e sorrio. Pessoas, momentos e experiências”
Deitados no conforto do nosso quarto, sentido a maciez dos roupões que nos confortam e acarinham, lemos estas palavras no directório do hotel. Este é o texto que nos recebe, convidando a sonhar e a viver cada momento, intensamente. Lá fora a chuva cai e o vento fazia prever uma temperatura que apelava ao convidativo SPA. O the Spa do Lake Resort, é um espaço que convida à paz e à harmonia. Inspirado no tema cinco continentes-cinco sentidos, o espaço propõe varias alternativas que vão desde o ginásio bem equipado e com uma paisagem única para o lago, a uma piscina de hidroterapia, com várias alternativas de tratamentos que não esquecem nenhuma parte do corpo, num autêntico circuito de saúde e bem estar. Experimentar os diversos jactos, permite-nos massajar cada zona do corpo num ritual de boas sensações que permite no final experimentar uma leveza corporal que conduz ao relaxamento completo. O SPA está muito bem dimensionado e a apontar como inovador é o jacuzzi “Mar Morto” com água a 36 º e uma salinidade que nos transporta para a costa dos mares do Egipto, onde flutuar é quase possível. Outra novidade, na zona da “Hot Experience”, para além do banho turco e da sauna, é o Banho Romano, que tem o mesmo princípio que o banho turco mas com uma filosofia algo diferente que passa pela presença de maior intensidade de luz e menor intensidade de vapor. A quantidade de serviços e oferta do the Spa, permitiu a sofisticada separação entre o blue e o green spa. A estratégia é separar os tratamentos com água que são realizados no blue das sensações continentais que se aplicam no green. Os produtos utilizados são da Alquimia e da Panpuri. Os aromas são imensos e misturam-se num intenso mar de prazer que permitem experiências sensoriais que se fundem com um estado de quase sublimação. A massagem que escolhi foi uma Lake Resort e o terapêuta Paulo foi incansável nas técnicas e na sensualidade que aplicou na execução do seu trabalho, qual autêntica dança entre as mãos e os dedos que percorreram o meu corpo num bailado de conforto e prazer ao longo de 50 minutos. O corpo agradeceu e a alma fortificou-se.
O lobby do hotel é majestoso com a sua cúpula altiva, pintada de cores claras, fazendo lembrar traços da arquitectura Árabe. O check-in é constituído por um ritual de boas vindas que convida simplesmente a entrar, estar e apreciar. Os colaboradores estão elegantemente trajados e executam as suas funções com um profissionalismo irrepreensível. Preocupações com as bagagens e parqueamento da viatura, são simpatias que nos dão espaço para contemplarmos a beleza dos espaços comuns, do quarto, dos pormenores dos locais para onde se dirige o primeiro olhar.
O enquadramento paisagístico do hotel é único nesta região do Algarve. Mar, lagos, natureza e golf. Do quarto, com vista panorâmica, decorado de forma simples mas confortável e luxuosa, avistam-se a praia artificial, com areia a sério, as piscinas e o lago. As amenities são da marca Roger Gallet com intenso aroma de amêndoas e flores, fortemente hidratantes e deliciosamente macios. O passeio pelos jardins é uma experiência que apeteceu repetir, para observar, fotografar ou simplesmente contemplar. As pontes sobre as águas do lago que contornam a frente dos edifícios e os projectam no espelho de água, transportam-nos para a longínqua mas sempre bela Veneza. A cada passo a paisagem parece repetir-se mas existe sempre um ângulo que mostra mais um pedaço de beleza organizada. De facto, a contemplação é a vontade que predomina. O verde e o azul são as cores que predominam e ali o equilíbrio parece ter sido encontrado. Apetece tocar cada um daqueles recantos, apetece sentir a natureza e dizer obrigado ao Homem por uma conjugação tão paradisíaca. A própria arquitectura exterior do edifício é suave, constituída em linhas direitas mas com elegância, e a cor, é calma dando um toque de identidade a cada linha dos traços do edifícios mas no seu conjunto, uma descrição integrada na paisagem. Estes apontamentos aquitectónicos permitem lembrar outros destinos, igualmente paradisíacos, em outros mares, noutros continentes, que o The Lake Resort presta homenagem quer no seu SPA ou na elegância e arte da sua cozinha. No interior, o hotel é simples e minimalista, mas cuidado e distinto. Sobre o restaurante Fusion, (vocacionado para a cozinha oriental e com o conceito muito interessante de ter zonas privadas onde se podem fazer refeições com grande restrição em confortáveis e luxuosas “boxes”), existe uma sala em tons rosa, laranja e vermelhos, com sofás, almofadas e cortinas, recriando um autêntico ambiente das mil e uma noites. O restaurante Gustatio tem um conceito mais mediterrânico e no meio do lago um restaurante flutuante, o Marenostrum que serve para os prazeres do paladar, o que o Algarve tem de melhor. Os bares, estrategicamente colocados servem os mais exigentes clientes, quer junto à piscina ou nos jardins. A intenção de tanta diversidade é sempre bem servir e cumprir o ritual dos sabores e aromas de todos os mares e dos cinco continentes. O Lake Resort é uma dádiva do Homem à natureza.

Thursday, November 27, 2008

Longe do Mar há Mar De Ar

O interior do Alentejo, como todos sabemos, fica longe do mar. Esta distância priva os seus habitantes do cheiro da maresia e do barulho das ondas, das idas à praia ou dos passeios à beira mar, nas tardes convidativas ao descanso. Mas este Alentejo interior em nada perde para o litoral, pois tem os seus mares próprios que echem as paisagens de encanto e preenche a atmosfera de cheiros inolvidáveis. Ora façam favor de fazer a experiência de percorrer os caminhos até Évora com a calma e o sentido que uma boa observação merece. O que veêm? Um mar de planície que mistura de uma foram inteligente e harmoniosa o amarelo das searas e os verdes tons das oliveiras. Aqui e ali surgem na paisagem pontos brancos de montes e herdades vinícolas com as suas modernas lojas Wine shop’s onde se pode (e se deve) contactar com os deliciosos produtos regionais e apreciar dos melhores vinhos do mundo. Agora façam outra experiêcia, que é percorrer a pé as ruas da cidade Património da Humanidade. Perceberão o que escrevo quando sentirem os cheiros que vêm das casas e dos restaurantes nas horas do repasto.
Este mar de cheiros é único e inconfundível, estamos no Alentejo! A tradição gatronómica está agora mais viva que nunca e dizem, que das dificuldades dos antepassados veio a arte de temperar com ervas aromáticas que hoje tão bem se misturam num cocktail de intenso prazer olfático e máximo prazer de degustação, perfumando as ruas e ruelas de tão nobre cidade. O almoço foi no restaurante Luar de Janeiro, que se consegue alcançar a pé percorrendo ruelas esteitas mas deliciosamente calmas. Pergunta-se aqui e ali por entre as gentes e os cheiros e sem querer, encontramos a Travessa de Janeiro. O restaurante é pequeno pelo que em dias mais concorridos é necessário marcação. Somos recebidos com simpatia e convidados a sentar. A decoração do espaço fez-me lembrar um restaurante da Espanhola Andaluzia, com presuntos pendurados no tecto e cabeça de Alce que na Andaluzia são substituidos por touros. A dificuldade surge assim que nos colocam nas mãos a ementa, pois as iguarias diversificam-se numa teimosa tentação de todas querer provar. Alguma troca de palavras com o responsável faz-nos finalmente tomar decisões acertadas para o repasto. Imediatamente a mesa é preenchida com delicoisas entradas, entre elas presunto laminado, cogulemos, azeitonas e um coelho ripado com um tempêro que nos orgulha de sabermos cozinhar assim. Como pratos principais escolhemos Cherne grelhado com arroz de coentros e ameijoas e cabrito assado no forno, ambos os pratos estavam deliciosamente confeccionados. Se de gastronomia Évora é farta, então experimentem conversar com os habitantes que habituados a bem receber quem os visita, transbordam num mar de simplicidade, simpatia e cordialidade. E de tantos mares londe do mar de água, encontramos agora outro mar em Évora que nos envolve no seu requinte clássico minimalista, trata-se do hotel M’ar De Ar Aqueduto. Uma novíssima unidade hoteleira de 5 estrelas implantado bem próximo do centro histórico da cidade e que foi adaptado do antigo Palácio dos Sepúlvedra, edifício quinhentista do qual se conserva uma capela, os tectos em abóbada e um conjunto de três janelas Manuelinas na fachada principal. É um hotel boutique, erguido com modernos conceitos de arquitectura e design. Pernoitar neste moderno palácio, agora hotel, é uma experiência que merece ser vivida e apreciada com tranquilidade. À entrada somos recebidos com cortesia e classe, aspectos que nos fazem sentir que estamos no local certo e que aquelas pessoas têm gosto em nos receber, em nos falar, em estar conosco. Segue-se o encaminhamento aos aposentos por corredores pintados de branco, recortados por vidraças que emolduram os jardins, a muralha e a piscina. A meio do imenso corredor branco uma maquina de café Nespresso para o cliente utilizar mediante um cartão que já está previamente carregado com um café de oferta. O quarto é espaçoso e muito confortável. Uns têm terraço virados à cidade, outros são vista jardim e piscina. Os quartos do rés-do-chão têm terraços térreos saidos directamente para os jardins, apenas separados por pequenos arbustos. Os quartos de banho passaram a fazer parte integrante da paisagem do quarto pois acabaram de vez as paredes de tijolo e betão para serem substituidas por grande montras de vidro que permitem uma observação constante deste espaços que passaram de anónimos e encerrados para um complemento decorativo ricamente ornamentados com loiças design e sistemas de luminosidade que criam ambientes de grande tranquilidade. A reserva da intimidade consegue-se à custa de competentes black-outs que impedem a visibilidade para o interior. Do terraço vista cidade conseguem-se fotografias únicas que mesmo repetindo a paisagem mudam de tom à medida que cai o entardecer. Dormir neste Palácio, torna-se um prazer redobrado pois por cima do colchão muito confortável, somos acarinhados com um sobrecolchão que torna cada toque do corpo num ritual de suavidade e carinho. Os edredons de penas contribuem para complementar o ritual de sensações que nos embalam e nos fazem despertar para um novo dia cheio de pequenos momentos de intenso sabor. O pequeno almoço é servido na sala de restaurante repleta de arcos e abóbadas onde a primeira refeição do dia é tomada a gosto com deliciosos produtos regionais. tes black-outs que impedem a visibilidade para o interior. Do terraço vista cidade conseguem-se fotografias únicas que mesmo repetindo a paisagem mudam de tom à medida que cai o entardecer. Dormir neste Palácio, torna-se um prazer redobrado pois por cima do colchão muito confortável, somos acarinhados com um sobrecolchão que torna cada toque do corpo num ritual de suavidade e carinho. Os edredons de penas contribuem para complementar o ritual de sensações que nos embalam e nos fazem despertar para um novo dia cheio de pequenos momentos de intenso sabor. O pequeno almoço é servido na sala de restaurante repleta de arcos e abóbadas onde a primeira refeição do dia é tomada a gosto com deliciosos produtos regionais.

A Recompensa do Aniversariante (Hotel Quinta da Marinha)
















Aniversário no Lapa Palace (Hotel Lapa Palace)











Thursday, August 7, 2008

ANDALUZIA (qualidade e excelência-Hotel Punta Umbria Beach Resort)


Ditaram as opções da oportunidade, da distância e da qualidade que fizéssemos as férias deste Verão na Andaluzia, com uma escapadela mais para Oeste. Os destinos eram na sua maioria conhecidos, bem como os serviços, as paisagens e alguns dos hotéis. A semana em Punta Umbria foi, como tínhamos projectado, muito tranquila, com muita qualidade e excelente gastronomia, hábitos aliás, a que os nuestros hermanos já nos habituaram. Que dizer do Hotel Punta Umbria Beach Resort? Os registos dignos de nota já estão documentados num post anterior. Mantém-se a qualidade, a organização e a simpatia. No período que lá estivemos o hotel estava muito cheio mas mesmo assim tudo estava organizado não tendo sentido desleixos nem confusões. Tivemos a sorte de ter inaugurado a piscina do Hotel Punta Umbria Enebrales que integra o gigantesco Resort Barceló, tendo usufruído de longas horas de piscina calma e límpida quase só para nós, pois a maioria das pessoas, estando alojados no Punta Umbria Beach, não se deslocava para o Hotel Enebrales que, estando a abrir, não tinha ninguém nos equipamentos de lazer. No final da semana rumámos a Sevilha para aí embarcar para Valência para visitar a tão prometedora Cidade das Artes. Sobre a companhia aérea Vueling a opinião mantém-se: boas tarifas e serviço organizado.
Valência foi fundada pelos romanos em 138 aC, a cidade fica numa fértil planície do litoral (la huerta), conhecida pelas suas laranjas e produtos hortícolas e é a terceira maior cidade de Espanha, possui um clima quente, uma agradável vida nocturna, um espectacular festival (Las Fallas, esculturas em pasta de papel de cada bairro que são queimadas na rua, realizado entre 12 e 19 de Março com muito fogo de artifício, música, desfiles, fogueiras, touradas, concursos de paella e animação nas ruas até de madrugada.), esplêndidos monumentos e o mais moderno complexo cultural e científico da Europa, a Cidade das Artes, que integra o Museu das Ciências, o Hemisférico, e o Oceanográfico. Localizado no antigo leito do Rio Turia, ergue-se um dos complexos cientifico - culturais mais importantes do mundo europeu: a Cidade das Artes e Ciências, construída pelos Arquitectos Santiago Calatrava e Felix Candela. A construção do conjunto iniciou-se em 1990, quando a "Generalitat Valenciana" (prefeitura de Valência) promove toda uma série de intervenções urbanísticas para a incorporação de Valência no Terceiro Milénio, e como meio de recuperação da área urbana localizada entre o antigo leito do Turia e a auto-estrada de Saler. O projecto era inicialmente composto por uma Torre de Telecomunicações, um planetário (o Hemisferic) e o Museu das Ciências Príncipe Felipe. Posteriormente o projecto foi alterado, substituindo a construção da Torre pelo Palácio das Artes.
O Hemisféric é um dos conjuntos fundamentais do projecto, sendo o primeiro a ser inaugurado. Construído ao modo de um olho aberto que tudo vê, está concebido como uma sala de projecções audiovisuais, que permite oferecer aos seus 300 espectadores por sessão, as mais inovadoras sensações audiovisuais, graças ao maior suporte tecnológico do mundo. Está limitado ao norte e ao sul por duas piscinas rectangulares, emergindo delas como uma grande cúpula formada por uma parte central fixa (a cobertura opaca), os elementos laterais móveis que funcionam como brisas (ou guarda - sois), e a lateral transparente envidraçada. Esta cobertura de formato ovoidal protege uma esfera no seu interior.
O Museu das Ciências Príncipe Felipe, foi concebido como um museu aberto e dinâmico onde o lema principal é "é proibido não tocar". Ao longo dos seus 4.000m² o visitante passa pelas diferentes áreas que cobrem uma ampla gama de temas científicos, desde biologia e física até as mais avançadas tecnologias aplicadas à comunicação, construção, desportos, etc.
O Palácio das Artes é o centro artístico e cultural mais importante do mundo: arquitectura, engenharia e tecnologia de vanguarda para a criação de um espaço onde há lugar para todos os estilos desde os clássicos até as últimas tendências em ópera, teatro, musica e dança, contando com três auditórios: tem sala principal com capacidade para 1.800 pessoas, sala de câmara para 400 pessoas, auditório ao ar livre, situado a grande altura, para 2.500 pessoas.
Finalmente, o conjunto completa-se com o Parque Oceanográfico, projectado por Félix Candela, uma autêntica cidade submarina de 80.000m², com túneis envidraçados e réplicas perfeitas de sectores costeiros com águas de diferentes qualidades, que permitem conhecer os animais representativos de cada zona da Terra. Conta com uma zona recreativa composta por um restaurante flutuante submarino, uma fonte para espectáculos de luz - som - água, e o maior aquário da Europa para espectáculos. Possui também de áreas envidraçadas para observar o trabalho dos mergulhadores e um túnel submarino de 70m de comprimento.
Fizemos a viagem com crianças pelo que as velocidades das visitas tiveram que ser adaptada às suas idades e necessidades. Comprar logo no aeroporto os passes para os 3 dias, permitem viajar no metro e autocarros, sem limitações e com grande comodidade. Visitar o Oceanário implica a ocupação para todo um dia para se poder observar tudo em pormenor e descansar. O Oceanário é de facto fantástico e é uma visita a não perder. Na loja do Turismo no Aeroporto existem uns folhetos que dão direito a 3 euros de desconto na entrada do bilhete conjunto, que permite visitar as três estruturas uma vez. A projecção no Hemisferic é muito bonita. Nós vimos o Recife Encantado, uma projecção ao jeito do peixinho Nemo que tem a tarefa de salvar o recife que fica ameaçado. O museu das Ciências é muito grande e envolvente pelo que recomendo a visita num dia diferente da do Oceanário. O museu é bonito e está todo adaptado para explicar a biologia e a física de forma simples, prática e interactiva, portanto é obrigatório mexer. Em todos estes locais existem lojas com recordações que são uma tentação, que terá que ser controlada por causa dos preços.
O nosso hotel em Valência foi o Vincci Palace, está localizado no coração de Valência e encontra-se na melhor área turística e comercial da cidade, a apenas alguns metros de distância da Plaza de la Reina, do emblemático El Miguelete da Plaza del Ayuntamiento e das lojas mais exclusivas. O edifício modernista do outrora Hotel Palace foi totalmente remodelado em 2007, sustendo uma fachada impressionante e um interior renovado, apresentando-se assim como o hotel mais moderno da capital do Rio Túria, graças à sua decoração exclusiva e ao design elegante que faz toda a diferença na estadia. Os funcionários são muito simpáticos e prestáveis e a decoração é muito sóbria e elegante. Os quartos são dotados de um sistema com comando da luminosidade que permite ter diferentes ambientes conforme as necessidades/vontades. Assim, através de um comando manual podemos ter apenas luzes de presença para leitura, ambiente de relax, iluminação só do WC e projecção normal para o welcome. Achei um pormenor magnífico!
De volta a Sevilha alojámo-nos no hotel Barceló Renascimiento, muito próximo à Isla Mágica e ao Complexo desportivo do Sevilha, pois o objectivo era visitar o parque temático com as crianças. É uma unidade de 5 estrelas de uma cadeia sobejamente conhecida e de implantação mundial. A recepção é muito agradável pois somos recebidos com muito carinho. As partes comuns do hotel são agradáveis, os quartos espaços e confortáveis, mas a necessitar de alguma manutenção ao nível das janelas e cortinados, pois estão a ficar presentes, sinais de degradação. Este reparo também é estendido às áreas de lazer, nomeadamente o espaço envolvente à piscina que estava totalmente vedado, para supostas obras de melhoramento. O único ponto negativo e a deixar registo foi o encerramento da piscina às 20 horas, quando em Sevilha ainda estão 44 graus no Verão. Sevilha é uma cidade maravilhosa, sou um verdadeiro apaixonado pela Capital da Andaluzia que conheci no longínquo ano de 1992. Daí para cá as visitas são quase anuais e algumas marcas e preferências já fazem para das nossas visitas. É obrigatório jantar no restaurante Las Piletas, logo ali numa transversal à Calle de los Reys Católicos, tem a melhor carne da Andaluzia, um serviço muito requintado num espaço repleto de tradições tauromáquicas. Também é obrigatório comer o melhor bolo de queijo da Peninsual Ibérica. De regresso já fazem parte das nossas visitar uma paragem no Decatlon à saída em Camas (via rápida Huelva-Portugal). Conseguem-se artigos muito bons a preços que deixam os nossos Decatlons à distância. Neste complexo comercial encontra-se também o Hipermercado Carrefour, que vale a pena explorar, pois para além de ser gigante, permite escolhas quase infindáveis a preços que são uma tentação e que valem bem a pena para encher a bagageira (azeite, produtos de higiene, artigos escolares, vinhos, cds, enchidos, etc). E viva España (Andaluzia).
Os últimos dias de férias e depois da azáfama das viagens, foram passados num pequeno refúgio bem português na Boca do Rio Arade. Também já revisitado, este hotel tem características únicas. É atraente, bem decorado e os quartos vista rio têm uma paisagem bela e tranquila que transmite bem-estar e tranquilidade. Esta unidade de 4 estrelas à entrada de Portimão, (estrada nacional 125 direcção Ferragudo, Mexilhoeira da Carregação) combina o conforto com a calmaria do ambiente e das paisagens envolventes. È dotado de infra-estruturas de lazer diversificadas e de boa qualidade. O serviço é de excelência. Os quartos têm uma decoração atractiva, moderna e cuidada. A opção de podermos trocar o pequeno almoço pelo brunch, permitiu-nos usufrui das refeições de forma calma e à medida das necessidade e da vontade, deixando todo o tempo livre para estar à beira da piscina, simplesmente a descansar, a ler ou a ouvir música. A perceria com o Club Náutico do Aráde permite usufruir de uma magnífica piscina interior, ginásio e passeio de lancha para a praia, a Portimão, ou simplesmente para passear, e tudo isto, incluído na tarifa, que em dadas ocasiões é irrecusável. Os dias aqui foram revitalizantes permitindo um final de férias com a paz que se deseja e deixando saudades de lá voltar.

Saturday, July 5, 2008

CHARCAS LAGOON (Luxo e conforto)

Longe vão os tempos em que, para cumprir a tão contemporânea expressão” Vá para fora cá dentro”, implicava horas infindáveis de asfalto e paciência, para, no fim da enésima curva, encontrarmos finalmente o conforto das paisagens paradisíacas. No que diz respeito às condições de alojamento, o país (refiro-me ao início da década de 90) encontrava-se acomodado, sendo difícil encontrar, fora dos grandes centros, alojamentos que dignificassem o meio ambiente envolvente e os seus utilizadores. Montargil, faz parte dessas minhas memórias onde a natureza e o Homem juntaram esforços para pintar uma paisagem natural, bela e muito envolvente. Os caminhos até lá, ao invés de outras belas localidades do país, não eram difíceis, a gastronomia, apesar de amadora era pura e tradicional. Mas, os lugares de acomodação não passavam de pensões, com as condições adaptadas à época, sem nenhum tipo de excessos e nenhuma preocupação em tornar a estadia reconfortante e memorável. Não havia a preocupação em tornar os lugares de repouso em locais sagrados e de culto. Concordarão comigo quando digo que, mesmo no sítio menos agradável, se o local que nos acolhe nos preencher de prazer, até temos liberdade para projectar a imaginação e comparar e lançar ideias para adaptar o meio e fazer dele um lugar encantado. Em Montargil dos dias de hoje nada precisamos fazer para nos sentirmos acarinhados, confortáveis e felizes. No Charcas Lagoon, novíssimo empreendimento recentemente inaugurado, encontramos luxo, distinção e conforto. O meio envolvente é constituído por pinheiros que requerem uma manutenção mínima e, em toda a frente do hotel, vislumbra-se o espelho de água da barragem de Montargil. Em todo este parque verde onde prolifera um ecossistema diversificado, surgiu este resort, devidamente enquadrado na paisagem rodeada de lagos artificiais que permitem jogos de reflexão e ângulos fotográficos de rara beleza. Por eles podem encontrar-se pequenas ilhotas e pontes de madeira que permitem ao visitante chegar à ilha e lá permanecer como se aquele lugar lhe pertencesse. O Hotel é constituído por um agrupamento central onde funciona o lobby, o restaurante e o bar ladeado de dois braços onde se acomodam os quartos com um nível térreo e outros no 1ºandar. O edifício é de cor de tijolo ornamentado com pequenas tijoleiras e pintado no ângulos de pouca visibilidade de amarelo-torrado, fazendo-me lembrar, embora sem nunca ter visitado um, um eco-resort numa fazenda brasileira. O lobby não é grande, as cores brancas dominam o mobiliário e as paredes. Muito dentro das tendências actuais, predomina o minimalismo organizado e muito coerente. As áreas dos quartos não são generosas como todo o espaço envolvente poderia fazer prever, no entanto, estão decorados com simplicidade e bom gosto. A projecção do edifício, de volumetria controlada, permite ao visitante, instalado no seu terraço privado, apreciar uma paisagem que é arrebatadora, pois toda projecção visual deixa observar o verde da relva e dos pinheiros, a reflexão dos lagos, a limpidez das águas da piscinas em linhas de água delimitadas e de diferentes tons e ao fundo, a sempre presente barragem. Tudo o que se vê é harmonioso e tranquilo e o que se ouve ao longe, são as vozes das crianças que não dão conta de tanta excitação que os tantos mergulhos na piscina lhes provocam. Nas zonas sociais predominam os tons claros com as paredes forradas a papel de relevo, mobiliário branco e creme contrastando com alguns elementos de verga, pautados estrategicamente com alguns apontamentos coloridos. Alguns elementos decorativos adornam as salas de estar e o bar. Lembro-me do falso candeeiro com uma fileira de elefantes, por exemplo ou os espelhos redondos decorados com pétalas prata, no lobby, que constituíram para mim, motivo de grande apreciação. Outro dos elementos que não deixa ninguém indiferente é a escadaria em aço e vidro que liga o piso térreo ao primeiro andar. A ideia desta projecção vertical com estes elementos foi tão bem conseguida que, para além de nos convidar a subir e explorar o que a seguir se segue, ela própria funciona como elemento decorativo de grande envergadura e naturalmente, devido à sua dimensão, de grande importância. A esplanada do bar é ornamentada com chapéus que nos transportam para as culturas marroquinas e as mesas, muito originais, fazem lembrar velhos bancos de madeira de faces trabalhadas com motivos florais e tampos simples. Não poderia terminar este apontamento sem deixar umas palavras de apreciação à magnífica gastronomia que por ali se pratica. Tivemos o privilégio de apreciar creme de melão com pepital de presunto, uma verdadeira delicia dos Deuses. Imaginem o que é estar a beber sumo de melão mas numa tigela de sopa e à colher e sentir as pepitas de presunto a romperem o gosto doce-mel do melão. Os pratos que se seguiram foram cherne braseado em cama de batata acerejada, magnificamento preparado e apresentado e de paladar delicioso e magret de pato. Tratava-se de peito de pato no forno encimado com espargos e regado com molho de framboesa. Uma experiência gastronómica a repetir. A sobremesa que atapetou o nosso jantar gourmet era cosntituida por pratos de fruta com sorbet de citrinos e que no caso foi gelado com sabor a tangerina. Acho que nunca tinha sentido o sabor deliciosamente gelado de uma tangerina fresca e suculenta.
A experiência deste lugar encantador provoca ao visitante sensações de evasão, tranquilidade e sofisticação.