Friday, December 29, 2006

Despedida do paraíso (Convento do Espinheiro)

Chegado o momento de partir, ainda houve lugar para uma visita guiada gentilmente conduzida pelo colaborador Luis, que fez as honras do Convento. Mostrou-nos quartos, terraços e suites, salas, a capela, a biblioteca e a adega. Transmitiu a sua opinião e os seus saberes. Ouve momentos de forte emoção. A Capela é absolutamente arrebatadora e foi cuidadosamente recuperada. É um autêntico lugar de culto. A adega é um lugar de autêntica simbiose onde me senti um grande mestre de Enologia (devo referir que ando muitíssimo interessado nesta temática e tenho frequentado algumas formações específicas nesta área através da belíssima organização do António Marques da Cruz do Sitiodovinho.com). É um espaço aproveitado de uma antiga cisterna onde a frescura e quase total ausência de luminusidade, são naturais daquele lugar onde outrora "viveram" toneladas de litros de água que "alimentava" o Convento. Aqui fazem-se, naturalmente, provas de vinhos e degustações de iguaria dos Deuses. É um lugar de paragem obrigatória para os apreciadores e degustadores destas artes Enólogas.

Sunday, December 24, 2006

Relax numa tarde de Inverno (Convento do Espinheiro)

Dizem que quandos queremos relaxar, não devemos pensar em nada. E, no entanto, o pensamento vazio, a ausência de qualquer imagem, torna-se uma meta por vezes difícil de alcançar. É uma luta em que quase sempre vence a imagem e o pensamento sobre o vazio. Mas, questiono-me! Não será isso uma função meramente orgânica? Como nos conseguimos desligar do mundo mesmo quando submetidos ao mais relaxante dos prazeres corporais. Não temos que sentir, cheirar, pensar na tensão acumulada em locais pontuais do corpo? Desligamos muitas sensações. Esquecemos os momentos de stress, a ansiedade, os pensamentos complexos e deixamos-nos envolver pelos aromas e pelos sons que quase nos anestesiam. Esta é a proposta irrecusável do Diana SPA do Convento do Espinheiro. Depois de uns bons mergulhos na fantástica piscina interior ladeada de paredes em ardósia, despedimo-nos do sol frio do Inverno alentejano e rumámos à terapia do relaxamento e do bem estar. A Maria, após escolhidos os aromas, optou por uma Aromoterapia e eu, qual discípulo de Baco, fui literalmente mergulhar numa banheira para uma Vinoterapia que me deixou leve e perfumado. Esperava-nos a sala de relax onde, ao sabor de um chá a gosto e de uma música que nos reduzia as sinapses, redescobrimos forças para o esperado jantar no já conhecido restaurante Aqueduto, desta vez com nova gerência. Todo este percurso foi naturalmente acompanhado pela elegância, simpatía e profissionalismo de uma colaboradora com um nome próprio invulgar e que eu naturalmente não me consigo recordar.

Luxo ao Sul (Convento do Espinheiro)

Não é a primeira vez que nos acomodamos num hotel cinco estrelas. Habituámo-nos não só ao luxo mas à arte de sermos bem recebidos. Mas neste hotel da cadeia Starwood Luxury Coleccion o luxo e o requinte estão impressos em cada gesto. Aqui fomos recebidos com um delicioso "bem vindos ao nosso Hotel" proferido pelo colaborador Dário e, a marcar o fundo de boca (expressão muito utilizada em Enologia) degustámos um espirituoso licôr de poejo, gentilmente servido pelo Luis. Após as formalidades da recepção, onde cada linha de papel é assinada com um imenso prazer, a impulsividade natural de uma curiosidade imensa que nos consome quer nos fazer andar pelos espaços e descobrir cada recanto daquele lugar mágico. Fomos mimados com um upgrade no quarto uma vez que a ocupação era reduzida. E foram capazes de nos surpreender! O quarto era espaçoso e requintadaemnte decorado com uma mistura clássica sóbria no que diz respeito ao mobiliário e depois cuidadosamente aconchegado com tecidos de grande qualidade e cores modernas. No WC fomos mais uma vez surpreendidos pelo requinte e o luxo e com uma sanita com funções automáticas (de lavar e secar) que nos fez rir imenso e uma grande tentação de experimentar. Do terraço do magnífico alojamento avista-se Évora imponente a pouca distância envolta numa discreta nebelina que só so dias de Inverno conseguem produzir. Estava na hora de vestir os roupões e disfrutar dos mimos e carinhos daquele delicioso espaço.

Saturday, December 23, 2006

Rumo ao desconhecido (Convento do Espinheiro)

Chegou o dia 22 de Dezembro e cumpriu-se mais um aniversário da Maria. Desta vez a surpresa foi a nota dominante de todo o envolvimento deste dia que foi memorável. Desde a prenda de aniversário que tradicionalmente se oferece logo pela manhã, faria parte deste dia uma agradável surpresa que decidi preparar. Não foi difícil escolher e claro, resolvi arrasar e escolher um local de sonho que preenchesse por completo os nossos espíritos sequiosos de prazer. O local escolhido foi o Convento do Espinheiro em Évora. Claro que não lhe revelei absolutamente nada e travei comigo mesmo uma luta diária para me conter com tanta vontade que tinha de revelar. À medida que nos íamos dirigindo para sul ela iniciou de imediato (qual autêntico GPS) uma tentativa de adivinhar o destino e depois, o local. Évora não foi difícil de esconder. O local, segundo ela, teria que ser um sítio onde nunca tivessesmos estado, portanto o Convento começou a fazer sentido na sua cabeça. Só revelei à hora do almoço, já em Évora. Ficou louca de alegria. É difícil transmitir por palavras aquilo que se sente quando se está a degustar um manjar dos Deuses, onde cada iguaria tem um sabor tão sublime que achamos que só umas mãos guidas por uma entidade Divina poderiam misturar os ingrediente e produzir aquele resultado final.

Monday, December 18, 2006

Viagem ao Porto

Este ano cumprimos mais uma vez a tradição de ir ver como é o Natal na cidade invicta. Quando não tinhamos o nosso André quase nunca falhavamos estes dias a Norte do país. Com a chegada dele outra prioridades se impõem, mas, mesmo assim, temos conseguido ir quase todos os anos. O Porto é mágico, é acolhedor, caloroso, afável, simpático. Não há imagem igual à de Sta. Catarina a fervilhar de vida , o cheiro das castanhas, das rabanadase todo o calor humanos daquelas gentes nortenhas. O Natal no Porto é defirente. Não vos sei explicar, talvez seja porque a baixa do Porto é grande mas concentrada. Na mesma zona estão as melhores pastelarias, o Via Catarina Shopping, o Mercado do Bulhão e todas as lojas de tudo e com todos os produtos ao alcance de apenas alguns paços. O Porto é luz, é cor, irradia de felicidade. Aquelas gentes têm alma, são bairristas, gostam da sua cidade mas também recebem calorosamente quem os visita. Sorriem quando entramos numa loja. Nunca saí de uma loja com o arrependimento de lá ter entrado. Quando vamos ao Porto cumprimos sempre certos rituais a que já nos habituámos e que não dispensamos: é o jantar nas belas marisqueiras de Matosinhos (nomeadamente a marisqueira dos pobre a preços muito acessíveis e não se deixem enganar pelo nome) e a tradicional refeição na ribeira, cartão de visita e ex-libris da cidade. Passear pela marginal ribeirinha até ao Castelo do Queijo em pleno inverno é terapêutico para a alma e uma benção para o espírito. Vão lá ver e aproveitem bem.

Friday, December 15, 2006

Encontro e jantar de amigos em Leiria

Como este blog tem como objectivo fundamental a partilha de experências sobre viagens e mundos, aqui fica a partilha convosco do nosso pequeno mundo constituído por alguns elementos da Licenciatura em Geologia (1985/89 da vetusta Universidade de Coimbra) que desde 1989 se encontram sobre o desígnio do carinho e da amizade. Desta vez fomos Jantar a Leiria (no passado dia 25 de Novembro) onde o nosso querido colega e amigo Fernando João, sua mulher e filho, nos receberam carinhosamente. Depois dos caloroso abraços da chegada fomos ver a nascente do rio Lis, na sua plena força. Seguiu-se a observação de um espectáculo de Marionetas (decorria na cidade um Festival Internacional sobre a temática). Miúdos e graúdos adoraram! O jantar foi no restaurante A Grelha (comi uns secretos de porco preto que estavam divinais).
Estes encontros simbolizam (para mim) o verdadeiro significado da história de uma vida pois quis o destino que um grupo de pessoas oriundas das mais diversas regiões do país , se encontrassem no ano primeiro de uma faculdade e seguissem juntos um caminho que os levaria à sua formação académica (com excepção de mim próprio que resolvi mudar de área de formação) e posteriormente, para alguns, a escolha no próprio grupo dos seus pares para a partilha da vida conjugal. Agora, alguns anos passados, é gratificante ver e rever a chegada e a evolução dos filhotes e sentir o verdadeiro sentimento da amizade. Que estes encontros nunca acabem. (Nascente do rio Liz, na imagem ao lado)