as que existiam eram de peso e tornaram-se
imortais: Beatles, Pink Floyd, The Door, Rolling Stones, para citar apenas as
mais conhecidas. Para um miúdo de 7 anos estas bandas pouco significado tinham
pois o único meio de transmissão de música da época era através da televisão ou de
discos. Como tal, ouvia-se em casa numa aparelhagem top para a época as músicas
preferidas dos pais. Estas memórias, pois é de memórias que se trata, estão
guardadas com carinho no cantinho do livro que compõe a nossa vida. Hoje são
evocadas com saudade e alguma nostalgia por representarem um tempo de enorme
felicidade que corresponde aos tempos de infância vividos no sul de Alemanha.
Passados todos estes anos, chegou a decisão de visitar este país do meu
imaginário infantil. Como na maioria dos outros posts sobre os outros
locais de férias o planeamento é primeiro fator a ter em conta. Dele depende o
destino, o percurso, as escolhas dos alojamentos e todos os gastos. As
dificuldades iniciam-se logo pela dificuldade na marcação dos períodos de
férias que no nosso país são, na minha opinião, tardios. Com os meios hoje ao
dispor dos consumidores, o fator tempo é o melhor aliado da poupança pelo que
quanto mais cedo se reservarem os voos, os alojamentos e os meios de locomoção
mais economicas ficam as férias.
autocarro ia para Fiumicino e outro para
Ciampino (o outro aeroporto)…como se nós enquanto clientes estivéssemos
perfeitamente elucidados sobre estes pormenores. O voo para Atenas durou menos
de 2 horas e foi operado pela Aegean Airlines (companhia aérea grega) num
airbus moderno. O aeroporto de Atenas é moderno e funcional e para se chegar ao
centro da cidade basta seguir as placas do metro e seguir na linha número três. O bilhete
é caro, 8 euros por adulto e a viagem dura cerca de 1 hora. Chegamos a Atenas
já de noite depois de acrescentar 2 horas ao relógio desde a saída de Lisboa.
Com algumas orientações em relação ao apartamento que alugamos a tarefa de lá
chegar não se mostrou fácil pois entender os nomes em caracteres gregos não é
coisa para se perceber no primeiro contacto. Entre enganos, grande sentido de
orientação da Maria
e algumas ajudas de pessoas que voluntariamente se
dirigiram a nós para ajudar, chegamos ao Paris, dono do apartamento já passava
das 22h30min. Acomodamo-nos (o apartamento não se revelou o que desejávamos mas
era funcional e serviu para descansar dos intensos dias de marcha no intenso verão de Atenas) e sentamo-nos no primeiro restaurante mesmo na esquina da
nossa rua. Um delicioso patê de azeitonas bem condimentado iniciou a nossa primeira refeição em terras helénicas ao que se seguiu um pedido de salada
grega, claro, servido com uma enorme fatia de queijo fêtta (os legumes da Grécia sabem ao verdadeiro e autêntico sabor da terra) e uma carne de porco panada muito saborosa mas mais ao jeito austríaco que
grego propriamente. Uma cerveja Mythos (a mais famosa da Grécia) foi a cereja no topo do bolo… e o preço
também. Vimos logo que a vida por este país está bem mais cara que em Portugal
e isso confirmou-se no dia seguinte quando fomos comprar alguns produtos para
fazer algumas refeições no apartamento. Leite acima de 1 euros por litro,
pacotes de batatas fritas todos acima de 1 euro, iogurtes caríssimos, batatas ao preço
do ouro etc. Mas mesmo assim jantando no apartamento conseguíamos poupar alguma
coisa nas refeições. Seguiram-se 4 dias de visita a esta cidade que brota
história e tradições por todos os cantos e assedia os turistas com todo o tipo
de produtos para vender. Claro que o ponto alto é a visita à Acrópole. A
recomendação é para ir o mais cedo possível (as bilheteiras abrem às 8h da
manhã) senão é quase insuportável o calor intenso que nos acompanha pela
encosta acima. Não sou um particular apaixonado pela história mas poder olhar
de frente para o Parténon, tantos anos de pois de o ter visto numa fotografia do
meu livro de história do 7º ano traduziu-se numa sensação única de gratidão e
bênção. O bilhete para 1 adulto custa 12 euros mas permite a visita
durante 4
dias e a vários monumentos: a Acrópole/Parténon, o teatro de Dionísios, a Ágora
antiga e a Ágora Romana e o Zeus. É um dia cansativo mas cheio de descobertas
religiosas, históricas e grandes aquisições intelectuais. Confesso que
visitamos alguns dos monumentos mas o cansaço e o intenso sol impediu-nos de
permanecer mais tempo em alguns outros e os restantes foram vistos à distância
quando decidimos fazer um roteiro num daqueles comboios que percorrem os pontos
interessantes da cidade. O nosso alojamento ficava bem situado, numa rua
perpendicular à grande Av. Vassillissas Sofias, uma grande estrutura viária
que alberga todas as embaixadas e respetivos jardins e o enorme edifício do Parlamento
Grego na sua extremidade. A avenida percorria-se facilmente a pé pois era plana
e terminava na grande praça Sintagma. Desta forma era frequente termos como
companhia inúmeras carrinha da polícia de
intervenção que estavam
estrategicamente colocadas em todo o perímetro do Parlamento e das embaixadas,
armados e de prevenção. Na frente do Parlamento vale a pena suportar o intenso
sol para assistir ao render da guarda que parece que acontece de hora a hora.
Trata-se de um momento em que os guardar do palácio iniciam um ritual de passos
e posturas de conduta coreografada muito interessante de se ver, pois os passos
realizados, que a mim me pareceram idênticos aos dos cavalos em marcha
realizada ao som da música como se estivessem a dançar. Um outro local de
visita a não perder é a praça de Monasteraki onde existem inúmeras ruelas
estreitas pejadas de comércio onde de vende e compra de tudo, desde as
recordações da cidade, até roupas e calçado de marca, roupas alternativas e
muitos restaurantes. É também aqui que se encontra uma das grandes estações de
metro da cidade. Outra visita obrigatória é ao bairro de Placa situado a oeste da
praça Sintagma e do Parlamento onde as ruas estreitas com restaurantes e
tavernas gregas cheias
de charme deixam os passeantes de água na boca e com
dificuldade em escolher qual a melhor esplanada para viver momentos de prazer à
mesa. Os gregos são um povo de uma simpatia extrema e muito cordiais com os
turistas, esbanjando cortesia e amabilidade pelo que é fácil deixar-nos levar
pelos inúmeros convites para sentar e apreciar um jantar dos deuses gregos.
Escolher o que provar é outra dificuldade mas é obrigatório pedir o gyros grego
(mista de carnes grelhadas com verduras e alguns condimentos únicos da cozinha
grega como o cardomomo). A cerveja nacional é a Mythos, como já referi, em garrafa ou de
pressão, de sabor suave mas cara como todas as outras importadas, nomeadamente as alemãs que se consomem por lá. Com facilidade se paga 4,5 euros por uma cerveja,
aplicando-se este mesmo preço a qualquer refrigerante o que faz do preço final
da refeição uma surpresa desagradável. O truque para manter o preço controlado
é beber simplesmente água que é bastante mais barata mas que é paga até quando
servida em copo sempre acompanhada de muitas pedras de gelo. Um café expresso
nunca custa menos que 1,5 a 2 euros e quando está em promoção é anunciado com
orgulho a 1 euro. Qualquer sobremesa custa em 4 a 6 euros pelo que é melhor
optar por um gelado a metade do preço e que sendo sempre muito saboroso ajuda a
refrescar do imenso calor que invadiu a cidade nos das que por lá estivemos. É
muito interessante observar os milhares de turistas que ocupam os milhares de
lugares que os restaurantes disponibilizam, consumindo de forma folgada as inúmeras variedades que as ementas disponibilizam. É também frequente ver os grandes
desperdícios que se verificam no final
das refeições. Nós procurávamos escolher
mantendo alguma variedade, a quantidade necessária e claro atendendo aos preços
dos pratos. Muito dos comensais ao nosso lado chegavam a pedir vários pratos
para uma só pessoas para, pensamos nós, apenas provar e muitos deixavam os
pratos quase intactos após a prova. Enfim, opções difíceis de entender para
pessoas que, como nós vivem num país onde equilíbrio e a sobriedade fazem parte
das regras diárias. O aniversário do nosso filho foi desta vez comemorado em
Atenas e neste dia decidimos apanhar o metro para o porto de Pireus para tentar
fazer um programa diferente. Lemos algumas informações sobre este grande porto
de onde partem barcos para inúmeras ligações a outros países da Europa. Mas logo que lá
chegámos vimos que o esforço foi inglório pois a marginal que ladeava o porto
era feia e
pejada de lojas e quiosques que vendiam produtos de contrafação sem
qualquer qualidade. Valeu-nos uma visita a um
shopping onde existiam
produtos diferentes e uma secção de brinquedos onde o aniversariante teve
direito a uma prenda de aniversário. De volta à cidade comemoramos o
aniversário dele numa típica taverna grega onde os pratos nos foram
apresentados num
Ipad e onde fomos recebidos e tratados com muita
simpatia e carinho. Uma fatia de bolo de laranja e uma vela fizeram o resto do
encanto deste nosso menino que já fez 12 anos, a maioria deles comemorados em
diferentes países. De tarde visitamos ainda o museu da guerra, já próximo do
nosso apartamento pois o André adora história e tudo o que são armas e fardamentos e por lá se
deliciou com todo o tipo de objetos, estátuas, canhões e metralhadoras e até
aviões
caças em tamanho real. Após 4 dias em Atenas regressamos ao aeroporto,
desta vez no autocarro X95, que é bastante mais barato que o metro, para irmos
ao encontro do nosso carro alugado no aeroporto. À chegada instalou-se o
stress
pois não encontrávamos o escritório do representante. Dirigimo-nos ao balção de
um concorrente que com alguns modos rudes e rosto fechado nos chamou a atenção
para um pormenor (outro) que não havia lido no voucher; é que o representante
da companhia estaria à nossa espera na zona das chegadas. Dirigimo-nos para lá
e logo vimos uma placa com o nome Gonzalves. Quando abordei o sr. ele ficou
confuso pois esperava alguém que chegaria de avião. Eu disse-lhe que já
estávamos há 4 dias na Grécia pelo que a informação estava errada. Afinal
tratava-se de outro cliente que era aguardado para ser conduzido a um hotel
específico. Decepcionado decidi ligar para a empresa e falar com alguém que
prontamente nos tranquilizou dizendo que chegaria em 5 min. O carro foi-nos
entregue numa bomba de
gasolina junto ao aeroporto: um Citroen C3 branco, com
cerca de 60 mil km mas dando sinais de uma utilização pouco cuidada. Fizemo-nos
ao caminho para chegar ao nosso próximo destino que seria a zona de Elaionas.
Pelo caminho paramos algumas vezes para fotografar paisagens magníficas e para
almoçar

numa pequena localidade à beira mar. Os restaurantes desta localidade
estavam todos vazios assim como as praias. Parece que a crise por cá, tal como
em Portugal, destruiu a economia local de uma forma talvez irremediável. Como
tínhamos vindo de Atenas onde a cidade estava cheia de turistas ávidos de
consumo, o contraste era chocante. Almoçamos no restaurante Karamalikis um
peixe grelhado que foi escolhido, por não entender o menu grego, diretamente na
grelha da cozinha. O espaço pertencia a um emigrante grego que viveu 20 anos
nos EUA e que de lá trouxe o equilíbrio financeiro para orientar a vida nesta pequena
localidade montando o seu restaurante à beira de uma praia banhada pelo mar jónico de águas azuis turquesa. A decoração refletia a sua passagem pela
América com quadros e posters dos maiores

musicais de
todos os tempos. Como não nos foi apresentada a ementa o preço também foi
calculado ao jeito americano, ou seja, bastante caro. De volta à estrada
percorremos dezenas de quilómetros por uma estrada infinitamente em obras. Já
no
google maps havíamos percebido que chegaria uma altura em que a
estrada continuava entre duas margens de mar e certamente só poderia ser
através de uma ponte. Ao avistarmos tamanha obra de arte ficamos surpreendidos
pela elegância da construção de uma magnífica ponte sobre o que nos pareceu ser
o mar mas dias mais tarde encontramos a mesma estrutura em postais com a
designação de ponte sobre o rio Antírio… ficamos baralhados. A meio da tarde
chegamos a destino desse dia, hotel Africa em Elaionas. Desta vez tivemos que
nos socorrer das coordenadas do nosso GPS em vez

dos nomes das localidades pois
parece que aqui na Grécia, existem listas de regiões e de terras com a mesma
toponímica. Lá encontramos o hotel no meio dos quintais, que era simples, mas
bem cuidado, com uma piscina limpa e perto do mar, claro. A praia não era
atrativa por ser de seixos como a maioria como viemos a constatar mais tarde.
As águas essas sim, sempre mornas e transparentes convidando a estar sempre
literalmente de molho. Seguimos viagem rumo ao norte da Grécia no dia seguinte,
pois o objetivo era chegar à ilha de Corfu, ou melhor, ao porto de embarque
para esta ilha que não sendo a mais turística nem a mais conhecida, parece
esconder verdadeiras raridades de beleza. Como nas férias a ideia e conhecer
mas também descansar e como os dias em Atenas haviam sido intensos, dividimos o
trajeto em 2 dias e o próximo

destino para pernoitar foi a região de Kanali a
70 km do porto de Igomenitza (porto de partida dos ferrys para Corfu). O hotel escolhido foi o Ionian Theoxenia, uma
unidade de 4 estrelas com uma tarifa acima da média mas que nos fez recuperar dos
imensos quilómetros percorridos. A suite era magnífica e a piscina fez as
delícias de todos mas especialmente do André. Ainda fomos espreitar a praia onde tínhamos direito a uma palhota e a espreguiçadeiras mas como estava vento trocamos o mar por bons momentos
de mergulhos na piscina. Na receção solicitamos orientações para jantar e trocamos alguma conversa com a jovem e simpática colaboradora que nos revelou ser professora mas como não tem lugar de quadro, tem que trabalhar nos meses de verão para equilibrar as contas. Nada diferentes do que acontece com muitos professores do nosso país. Recomendou-nos alguns restaurantes em função das especialidades que ofereciam. Por esta
altura já sabíamos dizer efxaristo

(obrigado em grego) pelo que agradecemos a ajuda.
Sempre que posso tento aprender o máximo de palavras da língua de origem, pois
tenho uma grande paixão por idiomas. Também já sabíamos dizer kalimera (bom dia). Dos restaurantes recomendados escolhemos
um de comida caseira onde a dona tinha sido emigrante na Alemanha pelo que a
comunicação se tornou fácil para mim pois ainda mantenho sólidos conhecimentos
de língua alemã. Seguimos os conselhos da senhora que tinha como pratos do dia
vitela estufada e cabrito também estufado com um molho de tomate que estava
delicioso. Estes pratos fazem-me sempre lembrar os cozinhados da minha mãe pois
estavam do ponto de vista da confeção e do tempero iguais ao que ela ainda hoje
faz. Também aqui não ouve nenhuma conta

elaborada, muito menos escrita. Quando
pedi a conta a senhora abeirou-se da mesa e disse: - isso tudo junto são 26,5 euros…e pronto,
nada de fatura, impostos ou qualquer regra fiscal. Parece que por aqui as
coisas estão mais feias que em Portugal no que diz respeito à cultura social e
à máxima agora tão apregoada em Portugal e sempre cumprida nos países nórdicos,
de que se todos pagarmos impostos o país talvez um dia se endireite. De volta
ao hotel houve toda a noite para planear e tentar perceber as regras de embarque
no porto de Igomentiza para tentar chegar a Corfu. Entre um copo de uzo (bebida
típica da Grécia com forte sabor a anis) que havia trazido de Atenas e que me
fez de novo voltar à infância quando escorria para a boca todas as pingas dos
copos de anis que os adultos deixavam. Em troca de mails com o responsável
pelo
alojamento em Corfu ficamos mais orientados com os procedimentos a tomar no
porto. Sem nada sabermos sobre os horários dos
ferrys mas também sem grandes
preocupações para chegar, para além de querermos evitar a noite, na estrada a
caminho do porto de Igomenitza era imperioso fazer um desvio para ir conhecer
Parga. Os desvios das estradas principais são sempre penosos do ponto de vista
da morfologia das estradas pois como a região tem uma geomorfologia fortemente
acidentada, as estradas secundárias até à linha de costa seguem a morfologia do
relevo e fazem durante largos trajetos curvas com orientações de 180 graus. Como
havíamos consultado alguma informação sobre os pontos de interesse no hotel,
Parga era um local a não perder. Depois das inúmeras curvas que até perturbam o
nosso companheiro de viagem, o GPS, a gratificação não poderia ser melhor, uma
localidade na encosta de uma pequena falésia com um

centro turístico a
fervilhar de gente e claro, um mar verde-esmeralda e uma pequena ilha até onde
se podia nadar a partir da praia, sempre com o fundo transparente do fundo do
mar como companhia. Uma bênção para a alma. Chegamos a Igomeniza e com as
indicações do sr. Kostas do alojamento de Corfu não foi difícil encontrar o
porto doméstico que está bem sinalizado e separado do porto internacional que
segue rotas para outros países da Europa. As tarifas praticadas são pesadas,
mas, férias são férias. O ferry com muito boas condições permite uma viagem
agradável e cerca de 2 horas depois, chegamos à capital da ilha, que para os gregos
se designa de Kerkira mas para todos os outros é simplesmente Corfu, o nome da
ilha. A aproximação é magnífica pois permite fotografar a costa da Albânia, uma
pequena ilha próxima da cidade e

claro, a cidade em tons amarelo e castanho com
a sua muralha e o que resta do castelo, o que faz desta ilha uma pérola do mar
jónico. Após o desembarque fizemos uma autêntica caça ao lugar para tentar
estacionar o carro, fazendo um curto reconhecimento à cidade. Estavam mais de 30º C pelo que a tarefa se revelou difícil mas não impossível. As ruas da cidade são
estreitas e completamente preenchidas com lojas de produto locais e regionais e
restaurantes com esplanadas bem apelativas. As opções nas ementas e após alguns
dias longe da melhor cozinha do mundo, a portuguesa, começam a ser repetitivas, pelo que é necessário um esforço adicional entre a escolha, a variedade e o
preço. Estava fora de questão vistar a cidade, o calor abrasador não permitia tal proeza. Apenas queríamos chegar ao destino e mergulhar na

primeira praia que nos surgisse. A chegada ao nosso destino, após o desembarque permitiu-nos perceber
logo o que nos esperava em termos de estradas a percorrer, curvas e curvas e
curvas. Roda, a localidade onde nos instalamos fica no norte da ilha. A opção
por este local deveu-se à qualidade do alojamento que aqui encontramos e a
curta distância a algumas das atrações imperdíveis que havíamos pesquisado.
Encontrámos facilmente o Paradise Village e fomos recebidos com uma simpatia
transbordante pelo sr. George (pronuncia-se Giorguie…em grego ou em romeno, não
percebi bem pois o sr. era natural da Roménia). Ele e a mulher, percebemos que
eram as pessoas que estavam permanentemente no aldeamento e na receção. O sr.
Kostas nunca conhecemos. Durante os dias no aldeamento fomos sempre muito
acarinhados pelos senhores e houve um dia que até lhes pedimos para colocar as
nossas
pizzas no forno na cozinha deles visto que a nossa apenas
dispunha de placa vitro-cerâmica. O André encontrou logo um companheiro que era
o filho do casal para o futebol e os vídeo jogos. Os 4 dias na ilha foram
preenchidos a percorrer a mais bela das ilhas da Grécia. Como chegamos ao fim
do dia apenas fomos até à praia mais próxima de casa, que não tinha

grande
beleza, não fossem as suas águas mornas. Uma intensa luta de cães selvagens
fez-nos abandonar o local e apreciar o silêncio da nossa villa no meio de
palmeiras, jardins e árvores de fruto. A primeira vista obrigatória era a
Sidari, a pouco quilómetros de Roda onde se situa o canal do amor. Diz a lenda que quem
se banhar nas suas águas terá amor eterno. A paisagem é deslumbrante mas o
canal é um recorte entre duas rochas que me pareceram calcárias mas com
sobreposição de arenitos consolidados (não posso precisar esta informação
geológica pois, apesar de ter estudado geologia, nunca exerci a profissão) com
águas profunda e revoltas que assustam. Dezenas de fotografias depois e após
observar alguns corajosos a fazerem-se às

águas descende ao canal por meio de
uma corda, era tempo de mergulhar mas na água transparente mas fria na praia
perto do canal. Para delícia do André alugamos uma gaivota e percorremos a
costa nas proximidades descobrindo, ai sim, autênticos canais e grutas que
furam as rochas de um ao outro lado, simplesmente magnífico. No segundo dia
fizemos o trajeto junto à costa para chegar a Paleokastritsa. Este trajeto,
para Este de Roda é deslumbrante pois percorre a morfologia da costa, sempre
com o mar azul-turquesa por companhia assim como as montanhas da costa da
Albânia, permitindo paragens sempre que, atrás de uma curva ou encosta surge uma
baía de águas transparentes convidativas a um mergulho. A vontade era parar e
mergulhar em todas… Optamos pela praia de Nissaki onde o concessionário local
disponibilizava, para

além de um bom restaurante, uma piscina e chapéus-de-sol
com espreguiçadeiras junto ao mar ou à beira da piscina. A praia, como a
maioria das praias da ilha é de seixos rolados o que é perturbador para os pés
dos portugueses habituados a areias finas e macias. Mas depois de entrar na
água tépida e mantendo-nos a flutuar o prazer é total e quase infinito. De
costas para o mar tínhamos por companhia uma gigantesca montanha transmitindo à
paisagem, proteção e beleza. Continuando até Paleokastritsa, fomos parando e
fotografando os belos recantos da ilha. Numa das pausas da viagem paramos no
café-restaurante Verandas, entre Lakones e Makrades, na localidade de Kiperi. O
quadro não podia ser mais belo. Uma das mais deslumbrantes paisagens da ilha.
Ao sabor de um Fredo Capuccino (bebida muito consumida na Grécia

(café frio, açúcar,
gelo e natas, tudo batido e delicioso) apreciamos aquela paisagem que nos faz
pensar na beleza de estarmos vivos e saudáveis e sempre gratos por poder viver
estes momentos. A senhora do restaurante era de uma simpatia contagiante e o espaço
decorado de forma irrepreensível. Ao fundo desta encosta estava Paleokastritsa,
uma localidade cheia de charme com uma pequena praia de água fria mas
absolutamente translúcida onde nos refrescamos e nos deliciamos com tanta
beleza. Em frente à praia ergue-se uma elevação com vegetação abundante e onde
se encontra um mosteiro do séc. XII, o Monastitaki. Não fizemos questão de
entrar porque a beleza da paisagem lá de cima não deixa lugar para ocupar a
mente com aspetos históricos. Depois de estasiados com tantos novos
upgrades
para a nossa alma, regressamos
lentamente, mas sem antes tentarmos ir à região
Oeste da ilha visitar pelo menos uma localidade, Glifada. Foi difícil o
trajeto, perdemo-nos pois parece que a cartografia da ilha não está completa e
o nosso fiel amigo GPS, por muito que tentasses não identificava algumas
localidades, ou porque simplesmente não eram reconhecidas pelo satélite ou
porque a forma de as escrever tornava difícil os nosso
inputs uma vez
que não dispúnhamos de caracteres gregos. Parar e perguntar seria uma opção mas
comunicar com a população do centro da ilha é difícil apesar de muito cordiais e
prestáveis. Encontramos uma miúda de bicicleta que falava inglês e lá nos foi
dizendo algumas orientações. Achamos aquilo tudo muito duvidoso pois parecia
estar a
enviar para o lado contrário. Alguns metros mais à frente paramos junto
de 2 bombeiros que estavam de prevenção junto à estrada e arriscamos…e claro
eles mandaram-se para o lado oposto daquele que a miúda havia referido mas que
para nós fazia algum sentido segundo o que podíamos observar no
display
do GPS. Depois de tantas insistências lá conseguimos orientar-nos. A caminho da
praia de Glifada ainda nos enganamos muito por culpa de placas que consideramos
mal orientadas e apenas víamos enormes montanha à nossa volta e nada de mar. Ao
observar o cume da montanha mais alta mesmo ali ao nosso lado, reparamos na
configuração e cor de uma nuvem que para nós, entendidos em climatologia
“caseira e muito tradicional” nos fez pensar e verbalizar que aquilo anunciava
chuva. Era uma nuvem em forma de disco, muito arredondada,

como se estivesse
esculpida pelo vento, com dois tons de cinzento. A praia lá estava mesmo atrás
da última curva, bela mas com mar batido neste lado da costa. Fotografamos e
fizemo-nos ao caminho pois apesar de não estarmos muito distantes de casa, os
caminhos demoram a percorrer pela sinuosidade da estrada. E assim findou mais
um dia cheio de grande beleza. O último dia foi reservado a curtas distâncias
para poder aproveitar de novo as águas calmas, frias e tépidas do mar jónico. A
tal nuvem do dia anterior afinal estava lá para fazer na madrugada deste dia
uma terrível tempestade com trovões daqueles que faziam tremer portas e
janelas, a que se seguiu uma chuva diluviana, como já nos habituamos nas nossas
férias de verão, pois temos assistido em

cada um dos países por onde temos
viajado em pleno verão a uma destas simpáticas tempestades. Na net a Maria
havia visto que este tempo extemporâneo seria só durante a manhã e que de tarde
a temperatura voltaria aos 29º C. E assim foi. Perto das 11 horas saímos já com
um sol radiante e quente e assim voltamos ao caminho do dia anterior onde
havíamos avistado pequenas baias paradisíacas mas que no dia anterior só
havíamos fotografado. Decidimos estacionar numa daquelas baias selvagens com
estradas onde só passa um carro de cada vez mas onde cabem sempre dois. O céu
voltou a ficar nublado pelo que o pronuncio de chuva era quase garantido. A
praia tinha menos de 10 pessoas e a paisagem valia por tudo. Demos uns

mergulhos e fomos explorar alguns caminhos pela encosta que anunciava outra
praia ao lado. A chuva manteve-se ao longe no mar e a nossa exploração permitiu
sentir a mistura de aromas daquela vegetação selvagem. Depois seguimos caminho
até Ipsos, uma praia enorme mas não das mais belas. A ideia era comer alguma
coisa e como Ipsos se desenvolve totalmente junto à linha de costa foi fácil
estacionar e procurar opções para procurar variedade e preços. De retorno já
havíamos decidido onde parar pois já tínhamos visto esta praia mas não houve
oportunidade para lá ficar. Próximo de Roda e numa placa que anunciava o
restaurante Pyramide estava mais uma pérola da natureza. Uma praia, desta vez de
areia macia e com água pelo joelho até quase ao “meio do mar”. A água aqui
misturava correntes frias e quentes lado a lado e tinha uma envolvente
magnífica. Depois de muitos mergulhos fui explorar o contorno da baia e
encontrei lagoas de

criação de peixes e rochas brancas que contratavam de forma
fabulosa com a água verde junto à costa e o fundo azul mais ao largo. E assim
nos despedimos de Corfu pois no momento que escrevo estas últimas palavras já
estamos de regresso no ferry de volta a Igomenitza para depois percorrer perto
de 180 km para o interior norte da Grécia em direção a Kalambaka que também se
pode designar de Kalampaka para visitar as Meteoras (que significa em grego
suspensas do céu ou em cima nos céus) e é um dos mais importantes complexos de
mosteiros ortodoxos orientais da Grécia, ficando apenas atrás do monte Athos.
Trata-se de formações rochosas imponente que têm no seu cume mosteiros
construídos no século XV sabe-se lá como. Como foi possível naquela época
carregar para o cume de uma rocha sem arestas materiais de construção… As
formações

rochosas são compostas do ponto de vista geológicos por arenitos e
conglomerados. A localização é no bordo noroeste da planície da Telássia, perto
do rio Pineios e montes Pindos na Grécia central. As formações rochosas estão todas
localizadas entre as localidades de Kastrati e Kalambaka. Toda a atividade comercial
se desenvolve em torno desta magnífica atração turística pelo que nas duas
localidades existem inúmeros hoteis, pensões e alojamentos assim como uma
saudável e desejada diversidade de restaurantes. Quando chegamos a Kastrati
estavam 35º C. A estrada que liga o porto de Igomenitza até às montanhas é
servida por uma boa parte de autoestrada de aspeto recente a custos muito acessíveis
e

percorre paisagens sempre em quotas elevadas sendo as montanhas perfuradas por
dezenas de tuneis que vão das poucas centenas de metros a vários quilómetros
de cumprimento e ligadas por obras de arte. Mas não há bela sem senão. A
estrada maravilha da engenharia termina ainda a cerca de 70 km das Meteoras
pelo que depois é preciso paciências e muita prudência para percorrer a estrada
secundária que ladeia as montanhas até chegar ao local. Com um temperatura
tórrida era impossível visitar alguma coisa pelo que após um refrescante fredo cappuccino
que nesta zona se passou a designar de nescaffe frappe, fomos refugiar-nos no ar
condicionado do nosso quarto do hotel Spanian. Estrutura simples, com gente humilde mas
limpo e confortável. Até mesmo neste local, que só é visitado por quem se
interessa por conhecer a magnífica obra que a

natureza esculpio, encontrei
gente que falava alemão, pois os gregos, tal como nós, foram povos emigrantes
nas décadas de 60 e 70. Desta forma a conversação estava facilitada, embora o
inglês seja a principal forma de comunicar em todos os locais por onde andamos. Referido pelo responsável da receção do nosso hotel, achou estranho a presença de portugueses por aquelas paragens e já não se lembrava a última vez que lá haviam estado gentes da nossa terra. Muitos italianos e gregos, claro, agora portugueses, raramente. Também ele já tinham visitado Lisboa na década de 80 e era fã do Benfica. Perto das 19 horas, ainda com forte temperatura mas já no declínio do dia,
fomos então visitar as Meteoras. Com o auxílio de um mapa foi muito fácil
entender a orientação. Para quem não conhece e olha o mapa a primeira vez,
parece que tudo é distante, mas com as orientações do responsável do hotel
percebemos que tudo distava cerca de 5 km da localidade onde estávamos. Existem
3 grandes pontes obrigatórios que são a zona do mosteiro de Roussanou, a Megalo
Meteora e o mosteiro de Agio Stefanos. À hora que fomos, todos os mosteiros
estavam encerrados mas o que ali nos levou foi mesmo a paisagem, embora fosse de
interesse entrar num mosteiro, o que não foi possível. Percorrer aquele
triângulo de estrada é fascinante e obriga a sucessivas interrupções para
fotografar por todos os ângulos. Há quem faça todo o trajeto a pé e vimos
algumas pessoas a fazê-lo mas seguramente com enorme sacrifício pois o calor
continuava escaldante. Estariam a fazê-lo por fé ou simplesmente para cumprir
os

caminhos das Meteoras? Nunca o saberemos! Jantamos numa excelente taverna
grega em Kalampaka. Provamos a melhor limonada da Grécia e deliciamo-nos com
suculentas costeletas de cordeiro e o André escolheu Pasticio, uma espécie de
lasanha mas que aqui também tem outras massas misturadas e é servida com
delicioso queijo Fetta derretido em cima e tomate grelhado. Como tínhamos o
mapa da região, este pormenor deu-nos direito à oferta das sobremesas pelo que
a refeição terminou com iogurte grego regado com um delicioso mel e uma fatia
de pastel de sementes de Sésamo misturados com avelãs. No dia seguinte esperavam-nos
mais de 230 km para rumarmos de novo ao litoral até à região de Galaxidi que
fica a cerca de 200 km de Atenas (Athina em grego). Saímos cedo para ganhar tempo
e tentar descansar um pouco de tarde. A viagem corria entre boas retas e várias
cordilheiras de montanhas, até o nosso GPS, a cerca de

50 km do destino nos
mandar virar apertado à direita e “obrigar-nos” a abandonar a estrada E65 onde vínhamos
para nos enfiar literalmente numa serra com uma estrada em serpentina com
subidas de inclinação vertiginosa e descidas com cuvcas em cotovelo sem
qualquer proteção, onde nunca vimos um carro ou uma única pessoa e onde
começámos a transpirar de stress com receio de algo poder acontecer ao carro ali
no meio de uma calor sufocante encrustados numa estrada com menos de 2 metros
de largura e que não tinha fim. Algum tempo depois percebemos que o mesmo
trajeto se poderia ter feito pela estrada que havíamos deixado para trás e até
agora não entendemos a razão daquela decisão da nossa navegação por satélite.
Deixando para trás o susto da encosta ingreme, escaldante e perigosa, voltamos à estrada E65 e rapidamente

avistamos a linha de costa na primeira localidade
que encontramos antes do nosso destino neste dia, Itea. Almoçamos por lá, desta
vez provamos moussaka que é uma espécia de lasanha grega feita com carne moída
e beringela. É muito saborosa e menos “pesada”
que a nossa lasanha portuguesa. Galaxidi, o nosso destino deste dia estava a 15 km de Itea. A localidade de Itea não é particularmente bela e isso deixou-nos um pouco desapontados com receio de que o destino por nós escolhido seguisse a mesma tendência de desilusão. As pesquisas que havíamos efetuado não deixavam antever esta falha de expetativas mas... A estrada desenvolve-se toda seguindo o contorno da costa e, do outro lado, as montanhas despidas de vegetação e castanhas cor de terra, com exceção de uma parte de terreno onde a cor mudava drasticamente para castanho oxidado e ferruginoso e que mais não era que uma zona de exploração de minério de bauxites, um minério que contem a maior concentração de alumínio do planeta. O verde e azul das águas com o contraste castanho da

montanha desenha autênticos postais entre cada contorno da estrada que delimita baías sem conta, todas com um encanto especial. A vontade de chegar era imensa pois o cansaço já se havia instalado e o calor era simplesmente tórrido. Identificar os apartamentos Nautilos foi tarefa fácil pois as coordenadas são infalíveis. Numa ponta de Galaxidi, bem no meio das casas encontramos um pequenos apart-hotel que visto de fora fazia antever a qualidade, o conforto e o luxo que nos esperava. Fomos recebidos pela colaboradora de serviço, a Miss Vaso, que nos saudou e desejou as boas vindas. Quando nos abriu a porta nem queríamos acreditar no que os nosso olhos viam. Um apartamento absolutamente magnífico, decorado em tons de cinza e azul e uma decoração com apontamentos marinhos. Tudo estava no local certo e a harmonia das cores e dos tecidos

mostrava nitidamente o bom gosto, a qualidade e o luxo com que tudo naquela casa foi pensado. Não exagerava se dissesse que ficamos extasiados. Poucos minutos depois de entrarmos e ainda a observar a paisagem das 3 varandas que tínhamos à disposição, de onde se pode avistar o mar, logo ali, e a pequena localidade de Galaxidi também ao alcance de alguns passos a pé, estavam a bater-nos à porta com 2 licores caseiros e uma limonada como bebidas de boas vindas. Ficamos a saber que a senhora Joana, a responsável não estava no momento mas que nos haveria de vir cumprimentar. Neste entretanto foi feita a lista dos produtos que gostaríamos de ter à mesa ao pequeno-almoço que seria servido no apartamento. Pouco depois conhecemos a senhora Joana que confirmou e sugeriu alguns produtos para a pequeno-almoço, desde o

habitual pão, queijos e fiambre, sumo de laranja acabado de fazer, as compotas feitas por ela e os bolos caseiros e até o iogurte grego, claro, feito em casa. Ficamos a contar o tempo para o pequeno almoço que se antevia um banquete dos Deuses. Passamos a tarde a mergulhar na pequena enseada de seixos mesmo ali perto da porta, onde a água era cristalina e tépida e de onde se avistava a localidade que se concentra toda num pequeno aglomerado de casas, com um igreja no centro e o porto repleto de barcos de pescadores mas também de iates de luxo. Este quadro que mais parece um postal fez-nos viver sensações únicas que queremos guardar para sempre. Depois de uma noite bem passada e há hora combinada a senhora Joana chegou com uma cesta

com todos ingredientes combinados no dia anterior. Eu arriscava dizer que aquele pequeno almoço entrou na lista dos mais personalizados e deliciosos que alguma vez já tivemos. Tudo era genuíno, fresco e servido com dedicação e eu diria mesmo, amor. A senhora Joana é uma senhora de uma simpatia a amabilidade contagiantes. Agradecemos vezes sem conta e até tivemos a coragem de lhe perguntar sobre o local de compra de uma peça de mobiliário que se encontrava no apartamento e que pela funcionalidade e descrição, nos deixou apaixonados. Tratava-se de um puf, quando fechado e que servia como complemento de um sofá mas quando aberto era uma cama, tipo divã mas muito mais confortável. Era alta, de colchão espesso e revestido com uma capa com tecido com motivos alusivos a viagens. Simplesmente fascinante e útil em nossa casa com cama adicional. Após o pequeno almoço apeteceu-nos descobrir um pouco das baias ali por perto. O trajeto

sempre junto ao mar permite fotografar Galaxidi por vários ângulos. Algumas curvas depois ali estava uma praia com quase ninguém, com sombras em palhota, de utilização livre e com uma água que só entrando nela se consegue perceber a sensação e o sentido de se viajar e conhecer. Terminada a nossa estadia em Galaxidi, dirigimo-nos à receção para nos despedirmos da senhora Joana Boviatsi. Fomos recebidos com um caloroso kalos irthate, cuja tradução quer dizer, bem vindos à minha casa e refere-se a uma saudação calorosa com afeto. Conversamos alguns momentos sobre as dificuldades da vida na Grécia e sobre o modo como estava a correr o funcionamento do hotel. Despedimo-nos com um saudoso
giasas (pronuncia-se
iasas), cujo significado é um adeus até breve com o sentido de nos voltarmos a ver. Também se utiliza na Grécia o
adio mas cujo significado é uma despedida mais longa no tempo que pode durar anos ou até mesmo um nunca mais voltar a ver a pessoa. Quem um dia os leitores de blog forem a Galaxidi a recomendação é para escolherem este hotel para terem o privilégio de sentir o amor e a dedicação de alguém que coloca no seu trabalho e nos seus hóspedes, um carinho que marca e deixa saudades para sempre. Agora a descrição em inglês desta última parte do
post, tal como prometi à Joana.
Identify the Nautilus apartments was an easy task because the coordinates were infallible. Right in the middle of the houses we found a small and luxury apart-hotel that from the outside did predict the quality, comfort and luxury that awaited us. We were greeted by Miss Vaso who wished us welcome. When we opened the door we wound't believe what

our eyes saw. An absolutely wonderfull apartment, decorated in shades of gray and blue and decorated with marine notes. Everything was in the right place and the harmony of colors and tissues showed clearly good taste, quality and luxury with everything in the house was thought. I'm not exaggerating if I said we were ecstatic. A few minutes after we entered and still observe the landscape from the three balconies we had available, from where we could see the sea, right there, and the small town of Galaxidi also available to walk on a distance of a few steps, they were beating us the door with two homemade liqueurs and some lemonade as welcome drinks. We knew that Mrs. Joanna, the responsible from the hotel, was not at the time but she would come to greet us. In this mean time Mrs. Vaso had made a list of products that we would have at the table for breakfast in the next morning and that would be served in the apartment. Shortly after we met Mrs. Joanna, she confirmed and suggested some products for the breakfast, since the usual bread (differente types of delicious bread), cheese and ham, orange juice freshly made, jams made by itself and the homemade cakes and even pure Greek yogurt, everything home made.

We count the time for breakfast which provided to be a banquet of gods.We spent the afternoon diving in the small pebbly cove right there by the door, where the water was crystal clear and warm, and which overlooks the entire city that focuses on a small cluster of houses, with a church in the center and the harbor filled of fishing boats but also luxury yachts. This view, looks like a postcard, made us feel live and a unique sensations that we want to keep forever. After a night well spent and in the combined time Mrs. Joanna arrived with a basket with all ingredients combined on the previous day. I ventured to say that breakfast entered to our list of the most personalized and delicious we ever had. Everything was genuine, fresh and served with dedication and I would even say, love. Mrs. Joanna is a lady of a contagious sympathy and kindness. We thanks again and again and even had the courage to ask her about the place of purchase for a piece of furniture that was in the apartment and that the functionality and description, let us passionate. It was a poof when closed and which served

to complement of a couch but when opened was a bed, couch type but much more comfortable. It was high, thick and ortophedic mattress and coated with a layer fabric with motifs depicting travel reasons. Simply fascinating and useful in our home as extra bed. After breakfast we find out some of the stalls nearby. The alongside road allowed to shoot Galaxidi from different angles. After ssme curves away, there was a beach with almost anyone, with hut shadows, free to use and with a water that only entering we can talk, feel and taste the sense of experience of travel. Finished our stay in Galaxidi, we went to the reception to say goodbye to Miss Joanna Boviatsi. We were greeted with a warm irthate kalos, which translated means, welcome to my house and refers to a warm greeting with affection. We talked a few moments about the difficulties of life in Greece and about the function and operation of the hotel. We said goodbye with a wistful giasas, that means an even brief goodbye with the sense that we will come back and see us again.. In Grece, it is also used the expression adio but whose meaning is a longer farewell in time that can last for years or even a no return to see the person. Who ever go to Galaxidi should choose this hotel to feel the love and the dedication of someone that puts of its work and their guests, the affect which marks and leave miss forever. Percorremos a Grécia de Atenas à costa oeste, costa norte e sul, exploramos a ilha de Corfu, fizemos uma incursão ao interior da Grécia central onde nos esperavam formações litológicas ornamentadas com mosteiros conferindo à paisagem uma beleza de tirar o fôlego. Terminamos a nossa aventura com uns mergulhos nos mares da costa este. Banhamo-nos nos mares jónico, no golfo da corintia e no mar egeu. Experimentamos águas tépidas e transparentes que fizeram das nossas férias momentos únicos que alimentarão o corpo e a alma e o desejo de poder continuar a viver experiências únicas.