Friday, June 22, 2007

Caraíbas ao Sul da Península Ibérica (Puerto Antilla Grand Hotel)

E esta é a verdade tropical que tenho para partilhar convosco. Logo ali na saída da fronteira, mais precisamente à distância de 18km (via rápida de Sevilla-saíde Lepe-direcção Islantilha), encontrei um verdadeiro luxo tropical. Trata-se do Puerto Antilla Grand Hotel (4 estrelas), que para além de um icone notável do turismo da região, representa a atmosféra e a magia dos trópicos que só consegui encontrar em Punta Cana nas Caraíbas, sendo necessário aferir o aspecto da temperatura das águas marinhas para que o cenário fique perfeito. O hotel transborda de beleza, quer pelos traços da sua arquitectura , em linhas perfeitamente andaluzas, quer pela cor (tijolo) e disposição espacial. Os jardins foram criteriosamente desenhados para oferecerem conforto e tranquilidade. Como o resort está na primeira linha de praia, mesmo nas piscinas se consegue sentir e cheirar o ar do mar. É um local ideial para passar uns dias muito agradáveis em família, reune o facto de estar próximo das terras lusas, ser económico (mais que o nosso Algarve) ter uma infinidade de actividades para míudos e graúdos, mas também locais de lazer deslumbrantes onde se pode simplesmente estar a ler ou a contemplar a arquitectura e rara beleza interior do edifício, qual jardim interior cuidado ao mais infímo pormenor. As noites tanto podem ser de glamour como ter uma conotação mais popular, embora se possam apreciar os vários ambientes em função do local do hotel onde se queira estar. A música de piano é uma constante e defacto, o cenário completa-se com o jogo de luzes e confortáveis locais de descanso. Os jardins exteriores são ricos em piscinas , espaços verdes e de lazer. Estão imaculadamente tratados. As opções gastrónómicas são variadas, podendo optar-se por refeições "à lá carte" ou o regime de buffet (recomendado para quem vais com crianças). As múltiplas opções ao dispôr são todas cuidadosamente confeccionadas. Recomendo os grelhados de carne e os vários menús ousados que fazem dos legumes as melhores iguarias. O serviço é muito bom chegando mesmo, em muitos aspectos, aos serviços disponibilizados num 5 estrelas. O staff é competente e extraordinariamente simpático. É uma experiência a não perder.

Wednesday, June 20, 2007

Barcelona, elegante, popular e sofisticada

O que dizer sobre Barcelona ou como iniciar este post. Bem, Barcelona é uma cidade, como diz o título, elegante, que vive de braços abertos para o mar. Consegue surpreender pela sua imaculada arquitectura e claro, respira arte e cultura por todas as esquinas. Não me impressionei com a Sagrada família e confesso que nem sequer entrei no monumento, pois ele não convida a entrar. Tem gruas e andaimes a cobrir grande parte da sua eterna reconstrução, não tanto na frente mas nas suas torres laterais. Mas, Barcelona não é só Sagrada Família. Barcelona é arte, cultura, gastronomia e excentricidade. Imaginem o que vimos em pleno Passeig de Gracia (uma das artérias mais chiques da cidade) um novo conceito de naturismo designado de nudismo urbano. É verdade, nus integrais a passearem-se em pleno dia pela cidade. O Passeig de Gracia é uma avenida enquadrada por edifícios de arquitectura que me faz lembrar a época renascentista e é nesta avenida que se podem observar as famosas casas arquitectadas pelo Gaudi, nomeadamente a Casa Batló e La Pedrera. A última projectada com formas onduladas. Que terá o Gaudi pensado quando projectou este edifício? Seria trazer o mar para o centro da cidade? É que todo o edifício faz lembrar as ondas do mar. A avenida termina na central e palpitante Plaza Catalunya que é o centro nevralgico da cidade. Funciona como se fosse um grande ponto de encontro, pois é de lá que se desce para as famosas Ramblas, partem os autocarros turísticos, chegam todas as linhas de metro (...). A palavra Rambla deriva do árabe ramla, que significa «leito de rio»; de facto, o que são agora as ruas foi outrora o leito de um rio. Caracterizar as Ramblas é difícil, pois cada pessoa sente o ambiente à sua maneira. Mas é sem dúvida a antítese do ambiente artistico-cultural da cidade. É uma artéria imensa (1.2Km), como a maioria das avenidas da cidade que preservam e respeitam os peões criando espaços centrais pedonais com árvores e jardins. Nas Ramblas vive-se o expoente máximo da arte popular. É um local onde toda a gente vai e onde podemos encontrar as mais diversas manifestações de estados de espirítos ou de formas de sobrevivência. Ainda não percebi porque é que as pessoas se vestem de árvores ou se maquilham à pirata ou imitam animais ou se transformam em árvores de fruto. É sem dúvida um estado de alma. Mas é imperdível descer as Ramblas (que vão tendo toponímicas diferentes em função dos bairros que atravessam) e principalmente saír delas e derivar e deixar-se perder pelas as ruas laterais onde se encontram praças lindíssimas e bairros de sonho. Aqui à a destacar o Bairro Gótico (do lado direito das Ramblas quando estamos virados para a Plaza Catalunya). É o bairro onde viveu Picasso (1895-1904) e onde nasceu Juan Miró e onde viveu parte da sua juventude. Caracteriza-se por edifício altos e antigos e ruas estreitas. A gigante Catedral Gótica de Barcelona é um ponto importante de interesse dentro do bairro gótico e à volta dela podem-se apreciar alguns bons exemplos de arquitectura gótica e muros romanos. No final das Ramblas encontramos o Monumento Colón, dedidado ao grande explorador Cristovão Colombo e logo a seguir, o mar. É nesta zona que se podem contratar passeios de barco pela linha da costa (quem comprar o Barcelona Card, tem um passeio de 1,5 horas já incluido no preço e comprando pela internet poupa-se uns trocos que dá para mais um dia de viagens) ou tours de Helicóptero e é onde se pode subir ao teleférico que nos transporta para uma zona elevada, o planalto/parque de Montjuic. Recomendo este passeio pois conseguem-se ângulos aéreos da cidade, que de outra forma só o helicóptero permite alcançar mas a custos muitos elevados (o preço de teleférico é de 9 euros por pessoa, sem desconto com o Barcelona Card e sem direito à simpatia do vendedor dos bilhetes (na bilheteira do lado da montanha) que é um mal disposto permanente, mas felizmente o único que vi em Barcelona, pois em todos os outros locais da cidade por onde andei as pessoas têm um ar feliz, muito simpático e educado). A orla marítima está muito bem preservada e percebe-se que foi alvo de intervenções de remodelação pois todos os espaços e mobiliários urbanos estão bem conservados. Ouve uma autêntica conquista ao mar em alguns locais onde pontes e decos de madeira se estendem mar adentro criando uma espécie de prolongamento da cidade suspensa sobre a água. Logo a seguir ao monumento Colón, já dento de água encontra-se um edifício que faz lembrar um estádio de futebol que compreende o Fórum e um luxuoso Hotel da Cadeia Eurostar (Grande Hotel) que tem vistas magníficas sobre o porto marítimo. Mais para a esquerda, entre as praias de Icaria e Barceloneta encontra-se o magnífico Porto Olímpico, onde para além dos veleiros de luxo em quantidades apreciáveis se podem encontrar numeroso bares e restaurantes para todos e gostos e bolsas. A praia de Barceloneta é bonita e organizada. Tem pistas para jogging, ginásio na areia, plateia com vista virada ao mar, duches e postos de socorros restaurantes e bares. É uma zona calma e bonita. Voltando agora de novo para a arte e cultura catalã, há a destacar o Parque Guell (Gaudi). Vale a pena visitar. É o Ex-libris da cidade. É um parque gigastesco, numa zona elevada da cidade onde se assiste à verdadeira dimensão artistica e sensibilidade do Sr. Gaudi. E, para quem não sabe, O Gaudi foi porventura o pai da reciclagem pois extraía das fábricas de cerámica os desperdícios (digo pedaços de azulejos) e foi com eles que cobriu grande parte das suas esculturas, muros, varandins. É este tipo de arte que se pode apreciar no parque Gaudi. Nos dias de calor é muito quente mas tem refúgios sombrios onde se pode descansar e ouvir por entre as árvores os sons clássicos dos violinos que quase sempre se encontram no parque, instrumentados por mãos tão vocacionadas, que, se fecharmos os olhos, com o mais leve dos pensametos nos imaginamos na mais melódica das capitais europeias (Viena). Apontando agora a descrição para os aspecto gastronómicos, defacto so catalães primam pelo bom gosto no que diz respeito à gastronomia. Pudemos saborear deliciosos grelhados de vaca (assado de tira) que recomendo, assim como mistas de legumes grelhados que são deliciosos. Se estes menus forem degustados nas elegantes churrasqueiras espalhadas pelas artérias mais emblemáticas, então o prazer é total. Mais perto do mar podem apreciar-se pratos de marisco, recomendo mexilhões à la mariñera e Navallas grelhadas que vêm temperadas com ervas aromáticas e limão. E tudo isto, hoje em dia, à distância de 1H30min de avião a preços avulso nas companhias de Low Coast. Viajámos na Vueling que nos deixou boquiabertos com a competência e organização. Barcelona vale a pena.